1ª fase: Visita ao Campo Arqueológico de Mértola
Ontem, dia 17 de Dezembro de 2013, visitámos com os alunos do 11º ano de C&T e Humanidades da Escola Básica e Secundária S. Sebastião em Mértola o Campo arqueológico de Mértola.
Com esta visita concluímos a 1ª fase do projeto Descartes e que boa maneira de terminar!
Fomos muito bem recebidos pela arqueóloga Fátima Palma e por outros membros da equipa do CAM.
Como recordar é viver, deixamos-vos com algumas fotos bem como algumas informações do que se foi passando ao longo da visita.
Vista geral da alcáçova do castelo |
Inicialmente a Dr.ª Fátima Palma fez uma breve introdução ao CAM, referindo aspetos como o ano em que tinham começado as escavações, quais os principais períodos cronológicos e respetivas estrituras que ali se pudiam encontrar: uma necrópole da baixa idade média, um bairro islâmico e um complexo religioso da antiguidade tardia (Romano).
Na imagem a Drª Fátima Palma, a equipa do CAM, as professoras que acompanharam os alunos e a professora Patrícia Moita, coordenadora do Descartes |
Passada esta fase inicial começámos então a visita nas escavações na Álcáçova do Castelo.
Aqui o primeiro aspeto a que a Dr.ª Fátima nos chamou a atenção foi para o bairro islâmico, um intricado conjunto de casas do período islâmico.
De seguida foi a vez de visitarmos as ruínas romanas. Para estas serem descobertas os arqueólogos tiveram que remover cuidadosamente algumas casas do bairro islâmico para que pudessem escavar noutra camada e procurar então vestígios romanos. E encontraram muita coisa, não só aqui na Alcáçova do castelo como também no interior da vila de Mértola, onde foi recentemente descoberto outro baptistério.
Ontem fomos uns sortudos porque enquanto estávamos a visitar o CAM andavam a tratar de conservar e restaurar alguns dos mosaicos romanos que ali foram encontrados.
Neste conjunto de imagens os alunos observam o "Mosaico dos Leões" |
Depois descemos umas sinuosas escadas e fomos dar ao criptopórtico, uma estrutura imponente que se mantém firme até aos dias de hoje. Pelos romanos usada como cisterna e mais tarde no período islâmico e na baixa idade média como lixeira.
A Drª Fátima fornecendo informações sobre o criptopórtico, como foi descoberto, o que lá foi encontrado, os principais materiais de que é feito... |
Por último foi a vez de vermos o magnífico complexo baptismal, que se encontra num estado de conservação incrível.
No conjunto de imagens os alunos observam o complexo baptismal enquanto ouvem o que a arqueóloga Fátima tem a dizer sobre esta estrutura |
Após termos visitado a Alcáçova do castelo foi a vez de irmos até aos gabinetes onde o espólio encontrado é devidamente restaurado, conservado e acondicionado num lugar seguro.
Neste conjunto de imagens a conservadora restauradora Guilhermina Bento mostra o gabinete de conservação e restauro de cerâmica arqueológica |
Ainda no gabinete de material não cerâmico, a técnica Rute Fortuna mostrou-nos alguns objetos que já foram restaurados e que ali estão armazenados, como é o exemplo desta panóplia de brincos. |
2ª fase: workshops e palestra
Workshop "Preparação de pigmentos naturais e tintas"
Ontem, dia 20 de Janeiro, o Descartes iniciou a 2ª fase de trabalhos, na Escola Básica e Secundária S. Sebastião em Mértola.
Fica aqui um pequeno resumo do que se passou bem como algumas fotos para mais tarde recordarmos...
A manhã começou com uma palestra "Os metais não duram para sempre" dada pelo Prof. Doutor Jorge Teixeira. Dotado de um talento natural para a comunicação, cedo o professor Jorge conseguiu cativar os alunos, originando até que a palestra demorasse mais tempo que o previsto e que alguns alunos ficassem no final a fazer ainda mais questões.
Dada a palestra foi a vez dos alunos irem
fazer o workshop. Para que melhor compreendessem o que estavam a fazer a
post-doc Ana Manhita fez uma pequena apresentação acerca de corantes e
pigmentos, naturais e sintéticos.
Posto isto, demos então início ao workshop, onde os alunos tiveram a oportunidade de usar pigmentos naturais e terras para pintarem a têmpera (ovo) e a óleo (com óleo de linhaça). Para além disso trabalharam também com pigmentos sintéticos (cromato de potássio com cloreto de bário e cloreto de cobalto com hidrogenofosfato de sódio).
Para acabar esta manhã diferente em grande, o professor Jorge Teixeira fez uma pequena demonstração da fluorescência de raios x e dos resultados magníficos que com esta se pode obter. Tem ainda outra grande vantagem: é portátil, o que nos permite levá-lo para onde for necessário.
Tivemos também o prazer de contar com um dos novos elementos da equipa, a bióloga Cátia Relvas.
Pintura a têmpera. Os alunos separaram a gema da clara e à gema adicionaram pigmentos naturais e terras podendo assim pintar e ver como este tipo de pintura seca rapidamente |
Pintura a óleo. Juntando pigmentos naturais e terras a óleo de linhaça puderam observar que a pintura a óleo tem um tempo de secagem superior à pintura a têmpera |
Os alunos quiseram tirar uma fotografia com as suas professoras para ficar como recordação |
Para acabar esta manhã diferente em grande, o professor Jorge Teixeira fez uma pequena demonstração da fluorescência de raios x e dos resultados magníficos que com esta se pode obter. Tem ainda outra grande vantagem: é portátil, o que nos permite levá-lo para onde for necessário.
A demonstração da fluorescência de raios x feita pela professor Jorge Teixeira |
Tivemos também o prazer de contar com um dos novos elementos da equipa, a bióloga Cátia Relvas.
Olá, sou aluno da turma do 11A, e gostei muito de participar nas atividades e espero que possamos ir todos a Évora
ResponderEliminarolá! Eu sou aluno da turma A do 11º ano da escola de s. sebastião de Mértola e gostei muito dos workshops feitos no dia 21 de janeiro pela Universidade de Évora e estou muito ansioso pela nossa ida a Évora para visitar as vossas instalações.
ResponderEliminarAbraços, Francisco Costa
Olá olá!! Ainda bem que gostaram das atividades que vos proporcionamos! Ficamos muito contentes que tenhamos conseguido despertar o vosso interesse para as ciências! Esperamos que assim tenham também compreendido que aprender não tem que ser chato, pode ser feito de uma forma divertida!
ResponderEliminarObrigada pelo vosso feedback
Joana Costa, Bolseira do Descartes